O Óleo de Lorenzo



É um filme de 1992, de Kennedy Miller, que mostra uma história real: a vida de Lorenzo Odone.

Lorenzo é um menino esperto e que gosta de correr e brincar ao ar livre que, em 1984, quando está com cinco anos, demonstra alguns sinais de Adrenoleucodistrofia (ADL), uma doença que eleva o nível de gordura no sangue, por causa dos ácidos graxos de cadeia longa que se acumulam. Essa doença não é muito estudada na época e, avanços em pesquisas só são possíveis por causa de Lorenzo e sua família. Ela causa a degeneração do cérebro.

Os médicos dizem aos pais de Lorenzo para não terem esperanças, sendo que tal doença leva à morte em muito pouco tempo e não possui tratamentos concretos. Alguns médicos, antes do diagnóstico, até chegam a dizer, sem fundamentos, que Lorenzo tem hiperatividade, devido a um dos sinais da ADL.

Indo além do que é mencionado pelos médicos, os pais de Lorenzo pretendem decifrar esta doença e buscar a melhora de seu filho. No inicio Michaela, a mãe, se culpa pela doença de Lorenzo, sendo que esta é passada de mãe para filho; mas depois ela e Augusto, o pai, se esforçam ao máximo para estudar a doença e, ao contrário do que outros pais fazem, experimentar as novidades pesquisadas por eles em seu filho, já que ele não pode aguardar muito tempo.

Uma dieta esta sendo experimentada por alguns médicos e Lorenzo começa a participar. Ela consiste em tirar da alimentação os ácidos graxos de cadeia longa, mas não está fazendo efeito e Augusto e Michaela descobrem, a partir da leitura de uma pesquisa feita com ratos poloneses, que era porque, mesmo tirando esse tipo de gordura da alimentação, ela é produzida pelo próprio corpo de Lorenzo (de maneira a compensar, porque essa produção “dupla” ocorre naturalmente).

Partindo do que foi pesquisado, os pais montam um Simpósio, que reúne vários médicos que sabem alguma coisa sobre ADL. Os Odone encontram, então, o ácido oléico e começam a alimentar Lorenzo com tal óleo.

O ácido oléico, no entanto, só leva o tratamento “até a metade” e Augusto Odone resolve continuar pesquisando a fim de tratar seu filho da melhor maneira possível. Ele descobre que a mesma enzima é responsável pela produção de carbonos insaturados e saturados. O interessante para Lorenzo é que a produção de carbonos saturados seja inibida. Um médico e os Odone descobrem que isso pode ocorrer de maneira compensatória, por uma inibição competitiva (ingestão de insaturados).

Augusto Odone procura agora, alguém que produza o ácido erúcico e encontra. A mistura de ácido erúcico e ácido oléico passa a ser o principal tratamento de Lorenzo e ele consegue deixar sua taxa de gordura no sangue normal.

Em 1992, a família de Lorenzo continua buscando novas formas de tratamento, como, por exemplo, a implantação de células nervosas para o crescimento de mielina (já que a ALD corroe a mielina, o que “atrapalha” o sistema nervoso). Com suas descobertas vários meninos com ADL conseguem “parar” a doença.

Lorenzo passa a se comunicar por meio de sinais (piscar de olhos) e as pessoas à sua volta o tratam de maneira com que ele possa sentir a vida da melhor maneira que puder.